21 de abril de 2011

Cor

Eram fitas coloridas. Por todos os lados, a cada esquina, sempre ali. Pra uns, adornos pros pulsos; pra outros, decoração; pra ela, certeza e fé. Tudo depende do ambiente, da bagagem, da vida que você leva. Cada coisa depende do que você é, do que você viveu. Alguém lhe disse certa vez, que uma fitinha dessas, a gente tem de ganhar pra valer. Os pedidos feitos a cada nó, um por vez, se realizarão se aguardarmos que ela quebre por si só. Não vale ajudá-la a arrebentar. Tem gente que não acredita, mas pra ela era mais que evidente. Nosso Senhor do Bonfim, lhe guardava uma surpresa mais que esperada.

17 de abril de 2011

Ela tinha uma atração inesperada pelo exagerado. Geralmente se dava em situações assim, quando todas as outras opções pareciam certas e sensatas ela emergia com efusivas e saltitantes escolhas. Nada que denegrisse a sua imagem – talvez a camiseta fosse apenas estapampada demias, uma coisa estilosamente duvidosa – mas isso lhe denotava um contorno pitoresco. Onde só pairava o cáqui, o gelo e azul escuro, uma pitada de cor era extremamente inusitado.