
Sua rotina era muito mais modesta que a da heroína criada por Marston. Não tinha nenhum tipo de força extraordinária. Na verdade era muito sensível. Na roda-gigante hormonal tão caracteríticas às suas, ela por vezes sucumbia a um dileminha qualquer. Volta e meia mergulhava em crises existenciais homéricas. Tinha um master senso auto-crítico e uma bondade quase artificial. Por vezes perdoava os seus, mas quanto a si… era implacável. Se considerarmos as saias-justa em que por vezes se metia, tinha certo jogo de cintura. Não que sua cintura fosse fina como a da caucasiana semi-imortal, mas tinha lá seus atributos.
Sua tez pálida devia-se a pouca exposição do sol. As espinhas lhe lembravam a adolescência pouco vivida. As maçãs do rosto eram salientes, os lábios finos e rosados, os olhos grandes e escuros. Não tinha um laço capaz de envolver e obter a verdade de quem quer que seja, mas por vezes sua intuição conseguia ler as pessoas.
Tinha planos. Tinha sonhos. Não buscava a perfeição. Não tinha toda aquela coragem da amazona, e nem toda a sua disposição, mas sabia querer bem. Vivia a sua vida com uma certa angustia, mas tocava em frente. Só lhe restava acreditar. Podia não ser a Mulher Maravilha, mas apesar de tudo e com uma certa ajuda (maquilagem e figurino) por vezes se sentia uma Maravilha de Mulher.
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