24 de novembro de 2009
"Tenho os meus paraísos...
(Areia Firme - Orlando Moraes)
Ela tinha uma boa vida. Mas ainda sim não era suficiente.
19 de novembro de 2009
"Sou seu sabiá...
7 de novembro de 2009
"Pintou os olhos só depois saiu...
6 de novembro de 2009
Palavra do Dia: Frustração
frustração s. f.derivação fem. sing. de frustrar
frustração s. f. Ato ou efeito ou efeito de frustrar.
frustrar v. tr.1. Privar (a outrem) do que espera com fundamento.
2. Iludir. 3. Baldar, inutilizar.v. pron. 4. Ficar sem resultado.
5. Malograr-se.6. Inutilizar-se.
(Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)
Acusada de descontar suas frustrações nos demais, ela ficara pensando de quem seria a culpa. Ninguém se frustra só, simplesmente. Ou sim? Criamos expectativas, mas as pessoas as alimentam. Nos aconselham, nos incentivam, se comprometem conosco e nem sempre correspondem. Nem sempre as coisas dão certo. A gente se decepciona, sofre, enraivece. Expulgar isso, não pode?
4 de novembro de 2009
" Um dia, seus pés...
(Tem que ser você -Victor & Leo)
2 de novembro de 2009
"Eu sou um morto de férias...
Não bate o meu coração..."
(Um Morto de Férias - Titãs)
31 de outubro de 2009
"Bruxas dançam na fogueira...
30 de outubro de 2009
"Ordene e não peça...
22 de outubro de 2009
Ah, vida real...
(Vida Real - EngHawaii)
17 de outubro de 2009
"Não tenho pra onde ir...
Libertar
(Novos Horizontes - EngHawaií)
15 de outubro de 2009
Já faz tempo...
(Ainda Te Amo - Calcinha Preta)
4 de outubro de 2009
Amar Colorido
Preto
Forte
De maneira decisiva
Impetuosa
Bem rente aos cílios
Imponente e angelical
Blush
Bronze
Que camuflam a pele
Corada
Ruborizada por ele
Róseos
Úmidos
Que anseiam os dele
Carnudos
Indescentes e vermelhos
Doce
Sensual
Um convite único
Dele,
Completamente sou.
3 de outubro de 2009
O Exercício de Escrever
28 de setembro de 2009
A revelia ou não?!
Tpm
Déjavu
Mikael Blomkvist
Ele
....
.... são pensamentos soltos em minha mente.
19 de setembro de 2009
Ando só...
sem saber até quando...
13 de setembro de 2009
Coisas da Vida
Tolice...
8 de setembro de 2009
Palavras do Coração
Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração.
(Palavras do Coração/Bruna Caram)
6 de setembro de 2009
Wonder Woman
Sua rotina era muito mais modesta que a da heroína criada por Marston. Não tinha nenhum tipo de força extraordinária. Na verdade era muito sensível. Na roda-gigante hormonal tão caracteríticas às suas, ela por vezes sucumbia a um dileminha qualquer. Volta e meia mergulhava em crises existenciais homéricas. Tinha um master senso auto-crítico e uma bondade quase artificial. Por vezes perdoava os seus, mas quanto a si… era implacável. Se considerarmos as saias-justa em que por vezes se metia, tinha certo jogo de cintura. Não que sua cintura fosse fina como a da caucasiana semi-imortal, mas tinha lá seus atributos.
Sua tez pálida devia-se a pouca exposição do sol. As espinhas lhe lembravam a adolescência pouco vivida. As maçãs do rosto eram salientes, os lábios finos e rosados, os olhos grandes e escuros. Não tinha um laço capaz de envolver e obter a verdade de quem quer que seja, mas por vezes sua intuição conseguia ler as pessoas.
Tinha planos. Tinha sonhos. Não buscava a perfeição. Não tinha toda aquela coragem da amazona, e nem toda a sua disposição, mas sabia querer bem. Vivia a sua vida com uma certa angustia, mas tocava em frente. Só lhe restava acreditar. Podia não ser a Mulher Maravilha, mas apesar de tudo e com uma certa ajuda (maquilagem e figurino) por vezes se sentia uma Maravilha de Mulher.
25 de agosto de 2009
Uma pausa para "por quês"
- Por que, quase sempre, somos elogiados/admirados por características que não temos?
- Por que certas coisas que não são da nossa conta nos incomodam tanto?
________________________
Pra quem curte MPB, um pouco de Vinícius de Moraes na voz do Chico.
Não sei se é da minha constante natureza interrogadora ou se na verdade é resposta mesmo, enfim... escutem... assistam.
Bjo.
1 de agosto de 2009
25 de julho de 2009
17 de julho de 2009
Sutilmente (Skank)
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
13 de julho de 2009
Sagitário&Leão II
Quando estacionou seu carro na garagem de casa, eram quase 10 da noite. Entrou em seu quarto e jogou-se na cama, exausta. Depois de 15 minutos deitada olhando pro lustre do quarto decidira que o melhor a fazer era tomar um banho e preparar algo pra comer. Jogou o bendito scarpin salto agulha no velho baú dos dispensáveis e se entregou àquela merecida ducha. Nossa, como um bom banho revigora. Na cozinha optou por um sanduíche magro de peito de peru e um copo de suco de maçã. Mesmo não querendo a imagem do indescente escritor não saía de sua cabeça. Decidiu folhear um de seus livros, Celsius insistira pra que ela lesse, afinal Sr. Mendez era agora do catálogo da Cores & Livros. Abriu aleatoriamente num conto entitulado "O Romance Proibido de Bernardo Castanheira". Entertida lera as 25 folhas seguintes num piscar de olhos. A escrita dele era envolvente.
11 de julho de 2009
Sagitário&Leão
Quando ela nasceu não surgiu nenhuma nova estrela no céu fluminense, ela nem mesmo nasceu no Rio. Seus olhos não eram de cigana, tampouco oblíquos e dissimulados. Não era Diva, Lucíola ou Helena. Não havia uma descrição na literatura na qual ela se encaixasse, mas ainda sim tinha um 'quê' de heroína. Talvez porque sua história pudesse ser a de qualquer uma, ou porque Ele pudesse ser de qualquer uma?! Mas fato é que Ele era dela e definitivamente aquela era uma história singular.
Fosse pela combinação explosiva, Sagitário&Leão, fosse pela sequência em que os fatos aconteceram, a história entre aquela heroína sem folhetim e o indecente contador de histórias não tinha nada de comum. De início tiveram um primeiro encontro nada convencional. Ela que raras vezes na vida ousara calçar um salto agulha decidira sair aquele fatídico dia de julho no topo de um. Por obra do destino ou sabe lá do que, naquele mesmo dia enquanto estava a caminho do trabalho seu chefe lhe telefonara e a incubira de ir ao encontro de um excêntrico escritor pouco conhecido, mas de grande futuro, com quem a editora na qual trabalhavam vinha flertando. Ele queria discutir a respeito do perfil da empresa e se a mesma atendia às necessidades dele, aos ideais dele. Ela teve a sensação de que seria um dia daqueles. Se dirigiu ao bendito encontro. Falar sobre a editora seria fácil, ela amava aquele ambiente. Aguentar o mala do escritor é que seria o problema. Ela não se lembrava de ter visto uma foto se quer do abençoado. Estava confiando na descrição que seu chefe lhe fizera, e no garçom que no hotel lhe indicaria a mesa em que o Sr. Mendez a estava esperando pro café. De repente começou a achar que o salto tinha sido uma boa escolha, estava mais elegante. Chegara ao local, mas ele não estava no café do hotel. Decidiu sentar-se a uma das mesas, pediu a um dos garçons que a avisasse quando o Sr. Mendez entrasse no salão ou o conduzisse à mesa em que ela se encontrava. Pediu uma xícara de café, abriu o seu notebook a procura de uma apresentação de slides que ela havia confeccionado sobre a editora e que havia impressionado bastante o ultimo escritor que contrataram. Estava distraída quando uma perfume divinamente masculino adentrou suas narinas e uma voz rouca pronunciou seu nome.
- Pois não - levantou o olhar e engoliu seco. O Sr. Mendez era lindo! Seu chefe não havia lhe dito isso. Sempre que se falava dele na editora, a conversa girava em torno da excentricidade do escritor, jamais ouvira alguém referir-se aos belos atributos daquele senhor. Sim, um senhor. Para ela que tinha vinte e poucos anos, aquele homem podia perfeitamente ser seu... pai! Aham! Ele tinha quase uns cinquenta. Que charme têm os homens nessa idade! Informação e experiência, é tudo de bom. Ela então se levantou pra cumprimentá-lo. Foi nessa hora que se deu o desastre absoluto. Ela acabou esbarrando na mesa, o que fez com que a xícara de café oscilasse, com medo de que o líquido negro destruísse os gigas de informação contido naquele black piano repousado sobre a mesa ela avançou sobre o mesmo e logo em seguida afastou-se, desequilibrou-se sobre o salto agulho e foi de encontro ao chão. O mico do século. Como uma editora em via de assinar um contrato promissor manda uma funcionária tão estabanada lhe representando? Nitidamente divertindo-se com aquela situação, Sr. Mendez estendeu a mão e ajudou-a a se levantar. Ela completamente embaraçada já não sabia o que dizer. Tinha a certeza de que se houvesse um avestruz por ali, disputaria o buraco com ele. Salto agulha acabara de entrar para seu Index Proibidex. O querido escritor, certificado de que ela estava bem ( o que ela poderia dizer? Ai meu bumbum?), direcionou a conversa para o possível contrato. Momentaneamente fez com que ela esquecesse o quanto envergonhada estava. Enquanto tomava algo do tipo café com chantilly, ela apresentou-lhe os slides e ele falou sobre o projeto do novo livro. Ele era bem articulado, como ela imaginou que fosse. Não parecia excêntrico. Não mencionou ceitas estranhas da qual fosse membro ou estava vestido de maneira extravagante. Na verdade estava bastante elegante e charmoso. E tinha um olhar... putz. Que olhar! O cara era tudo de bom. Duas horas depois, particularmente, ela sentia que o contrato estava fechado. Levantou-se, agradeceu a atenção e desculpou-se pela cena que protagonizara. Enquanto fixava o olhar nos lábios dela, ele enfatizara o quanto adorara sua companhia. Disse que se pudesse fazer algo para impedir que um hematoma surgisse em tão formoso traseiro, ele faria. "O quê? Ele disse isso mesmo? Aquilo era uma cantada?" Com essa observação quanto a sua formosura, ela incomodada com o 'abuso' daquele senhor, estendeu-lhe a mão a fim de sair daquele ambiente... 'que manhã! Ele sustentou o aperto de mão por mais tempo que o necessário, e então permitiu que ela se fosse.
Enquanto dirigia de encontro a editora ela repassava os acontecimentos daquela atribulada manhã. Será que era culpa daquele bendito salto agulha? Fosse ou não fosse, ela decidira aposentar temporariamente aquele sapato.
7 de julho de 2009
6 de julho de 2009
5 de julho de 2009
Julho de 83 (Nenhum de Nós)
3 de julho de 2009
E agora?
Estou por assim dizer vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode -se tornar o inferno humano- já me aconteceu antes.
Pois sei que -em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade- essa clareza de realidade é um risco.
Clarice Lispector
3 de maio de 2009
Love you'till the end - The Pogues
Quando você estiver sozinha
Gostaria apenas de ter você se eu puder
Eu só quero estar lá
Quando a luz da manhã explode
No seu rosto, que se irradia
Eu não posso escapar
Eu te amo até o fim
Quero apenas dizer-lhe nada
Do que você não quer ouvir
Tudo o que eu quero, é para você dizer
Por que você não me leva
Para onde eu nunca estive antes
Eu sei que você quer me ouvir
Prender meu fôlego
Eu te amo até o fim ...
23 de abril de 2009
Que livro você é?
Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.
Segundo o teste da página do projeto Educar para Crescer, eu seria:
"A paixão segundo GH", de Clarice Lispector
Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.
Para saber o seu, acesse:
http://educarparacrescer.abril.uol.com.br/leitura/testes/livro-nacional.shtml
17 de abril de 2009
O que é Lenda Pessoal?
É aquilo que sempre se desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é a sua Lenda Pessoal. À medida que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizá-la. São forças ruins, mas na verdade estão a ensinar-nos, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja quem for ou que o que faça, quando se quer com vontade alguma coisa, é porque esse desejo nasceu da Alma do Universo. É a sua missão na Terra. Cumprir a sua Lenda Pessoal é a única obrigação dos Homens. E quando alguém quer muito uma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo.
O Alquimista, Paulo Coelho
13 de abril de 2009
Tua Mão segura me ajudou a andar...
Me troxeste outros pra recomeçar
Quando me esqueci que era alguém na vida
Teu Amor veio me relembrar
Que Deus me ama
Que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela Tua voz
E me diz: coragem! "
(Humano Amor de Deus - Pe. Fábio de Melo)
Deus tem caminhos para nós...
22 de março de 2009
8 de março de 2009
Moça Bonita - Geraldo Azevedo
Moça bonita,
Seu corpo cheira
Ao botão da laranjeira.
Eu também não sei se é
Imagine o desatino
É um cheiro de café
Ou é só cheiro feminino
Ou é só cheiro de mulher.
Moça bonita,
Seu olho brilha
Qual estrela matutina.
Eu também não sei se é
Imagina minha sina
É o brilho puro da fé
Ou é só brilho feminino
Ou é só brilho de mulher
Moça bonita,
Seu beijo pode
Me matar sem compaixão
Eu também não sei se é
Ou pura imaginação
Pra saber, você me dê
Esse beijo assassino
Nos seus braços de mulher.
(Adooooro essa canção! )
6 de março de 2009
É verão.. sei lá...
3 de março de 2009
Dentro da minha bolsa...
Como fez a Luiza do Blog Favoritos, lá vai...
1) Poste uma foto da bolsa que você usou hoje. “Não, você não pode ir lá no armário e pegar aquela bolsa bonitinha, tem que ser a última que vc usou”. Eu gostaria de saber o que você carregou nela hoje ou da última vez que saiu de casa.
Celular e seu carregador, crachá, Batom Rosa Natura Zip, Escova de dentes, Batom Morango da Avon, Creme para olheiras Avon, Protetor Solar Facial Natura, Batom Rosa Natura Diversa, Loção Hidratante Jabuticaba Natura, Agenda, Carteira, Livrinho "Como rezar o terço", Prendedor de Cabelo, um par de Argolas, uma caneta.
2) Quero saber quanto pagou por ela. Não é para julgar, somente para se divertir. Então diga aí, e se tiver alguma história associada com a compra dessa bolsa, eu quero saber também.
R$ 50,00. Queria uma bolsa preta compacta, pra levar pro trabalho.27 de fevereiro de 2009
Será que ele é?
Fato é que toda essa história de viadagem masculina e solterice feminina andou mexendo com a cabeça dela. Verdade que bateu uma tristeza nela. Ela estava disposta a fazer uma campanha contra os anticoncepcionais, vai que essa matéria da Revista Planeta tem fundamento, digo fundamento mesmo.
¹. Acho que traz para o homem um 'quê' de virilidade, palavrões e obcenidades (guardadas as devidas proporções). Não estou fazendo apologia a nada. Mas apesar d'eu não gostar de palavrões - que mulher gosta?, eu sempre acho duvidoso a ausência de determinadas expressões na boca masculina. Assim como a presença de outras (Cruzes! Credo! Tenso).
². Matéria publicada pela revista Planeta de xxx de 2008.
12 de fevereiro de 2009
Macaquinhos no Sotão
Enquanto ela contemplava suas unhas grandes com vestígios de esmalte vermelho, macaquinhos saltitavam em seu cérebro. Quando criança ela havia lido "O Menino Maluquinho", e a idéia de macaquinhos saltitando no cérebro quase sempre vinha a sua mente quando ficava matutanto, matutando e endoidando com tanta 'matutação'. Só macaquinhos no sotão poderiam explicar as maluquices que passam pela cabeça da gente. Ela ainda sentia o cheiro de mofo das cartinhas antigas, dos exagerados cartões que trocavam em família a tanto tempo guardados e que nem fazem tanto sentido atualmente. Eles haviam sido uma família feliz, mas hoje... naõ sei como poderia defini-los. Ela escutava músicas de Vinícius e continuava a olhar suas unhas. Estava triste. Ultimamente essa tem sido sua realidade. Uma tristeza que parece destrui-la. Suas olheiras cada vez mais escuras. Noites sem sono. Preguiça. Choro preso. Necessidade de vida. As unhas estavam grandes como a tristeza que sentia. Ela estava estranha. Ela era estranha. Ela anciava por algo... mas o quê? Acho que ela devia 'cortar as unhas' .
4 de janeiro de 2009
Blá!
Ali, debruçada sobre o batente da janela amarela, ela via o mundo. Não, ela não morava na Lua, nem tão pouco repousava no céu. A sua casa ficava numa rua comum, num bairro comum, de uma cidade comum. Mas seus sonhos... ah, eles não tinham residência fixa. Não tinham caixa postal, nem algoz. Eram livres. E quando ela recostava seus cotovelos no batente da janela amarela ela vivia o mundo...
O vento batia em seus cabelos, refrescando-lhe os pensamentos. Seus olhos tinham o brilho das estrelas, e a vida acarinhava sua face com um suspiro. Em seus sonhos, as palavras tinham cheiro de talco. Os beijos, gosto de morango. Os abraços eram como chocolate quente. Os sorrisos, coloridos. As casas não tinham chaves. E as pessoas já nasciam se amando. Era tudo tão genuíno, tão gostoso, que o sono vinha fácil. Então, sob a luz da Lua um anjo vinha a sussurar em seu ouvido palavras doces e gentis.
Ao se levantar, ela olhava para a janela amarela, como quem olha um amigo que não vê a muito tempo. Sempre aberta, a janela lhe prometia um abraço e lhe trazia a segurança que a vida não oferecia. A sensação de aconchego permanecia ao longo do dia. A certeza de que a janela não mudaria de lugar lhe satisfazia.
Os dias costumavam ser dificéis...